É muito comum o investidor prestar mais atenção à promessa de rentabilidade do que às chances de perda do que foi aplicado.

O fato é que não existe investimento sem risco!

Mas que de fato é risco?

Risco:

• É a probabilidade de ter um resultado diferente daquele que se esperava inicialmente
• Não pode ser totalmente eliminado
• Deve ser minimizado

Quando uma pessoa faz um investimento ela tem em mente uma expectativa de determinado retorno ou de que determinada coisa aconteça com tal ativo, por exemplo, porém as coisas não acontecem da forma que se espera no mercado financeiro.

E é justamente este o risco.

Vejamos os principais riscos financeiros:

• Risco Mercado
• Risco Crédito
• Risco Soberano
• Risco Liquidez
• Risco Operacional
• Risco Cambial
• Risco Legal
• Risco de Taxa de Juros

Risco por conta das oscilações do ativo(título) devido a condições naturais de mercado, por exemplo:

Vamos supor que você comprou Ações da Petrobras e elas estavam no preço de R$20,00 cada uma, na segunda feira.

Ai na terça feira você decide dar uma olhada no mercado e vê que agora as ações estão com o preço de R$15,00 cada, por conta de notícias negativas sobre a empresa, problemas políticos que relacionam a empresa, um prejuízo que a empresa divulgou, ou seja, condições naturais de mercado.

Sendo assim, por conta de situações naturais de mercado, as ações desvalorizaram R$5,00.

O risco de crédito, pode ser entendido como um calote que a pessoa ou instituição que deve para você deu em você.

Como assim?

Quando você compra títulos privados como CDBs, por exemplo, você está fazendo empréstimos ao Banco.

Sendo assim, caso o banco venha a falência, por exemplo, ele não irá te pagar, dessa forma irá dar um calote em você.

Vale lembrar aqui que para títulos como CDBs, o FGC protege até R$250mil por CPF, por instituição financeira, passou disso, você está exposto ao calote.

Por fim, para ter risco de crédito, deve haver uma dívida para além, por isso quando você compra ações, não existe risco de crédito, pois comprando ações você se torna sócio da empresa, ou seja, ela não te deve nada.

Quando você compra títulos públicos como Tesouro Selic, IPCA, por exemplo, você está fazendo empréstimos ao Governo.

Sendo assim, caso o Governo venha a falência, por exemplo, ele não irá te pagar, dessa forma irá dar um calote em você.

Sendo assim podemos entender que o risco soberano é um risco de crédito, porém envolvendo o país e o investidor, no caso, você.

É quando tem uma discrepância entre demanda e oferta, ou seja, quando há poucos compradores para os títulos ofertados.

Na prática, na bolsa de valores, você percebe uma queda na liquidez, quando tenta vender uma ação a determinado preço e é difícil. E por ser difícil o preço da ação vai caindo, pois aqueles que tem a ação em carteira querem vender, mas não conseguem, dessa forma vão abaixando o preço até conseguirem vender.

Cuidado para não confundir com risco de mercado, que é causado por condições naturais de mercado, já o de liquidez é causado por conta de baixa demanda, ou seja, uma seca do lado dos compradores.

São as perdas que podem acontecer devido a falhas na operação.

Mas como assim?

Trabalhando com o exemplo de Petrobras, supondo que uma de suas plataformas afunde ou que ocorra um vazamento de óleo, isso com toda certeza a irá apresentar um prejuízo para a empresa, desta forma, as ações desta empresa desvalorizaram. E este é o risco, à vezes, beirando a falência dependendo do problema operacional que a empresa tiver.

Antes de avançar na definição do que é Risco cambial, se você não sabe o que é cambio, nós explicamos:

Neste contexto, câmbio é o termo usado para a troca entre duas moedas diferentes. O termo é utilizado, principalmente, para operações entre moedas de diferentes países. 

Ele não se refere apenas a troca de moedas, mas, também, da quantidade necessária de dinheiro local, no nosso caso, o Brasil para comprar dinheiro de outros países. Essa é chamada taxa de câmbio.

Para facilitar, vamos a um exemplo: se a taxa de câmbio do real em relação ao dólar é de R$5,00, isso significa que você precisa de 5 unidades monetárias brasileiras (5 reais) para comprar uma única unidade monetária dos Estados Unidos (1 dólar).

O risco cambial é específico para quem possui dívida ou aplicações no exterior.

Quando você possui dólar, está exposto ao dólar, você também está exposto a variação cambial, ou seja, exposto a alta e a baixa do dólar.

Sendo assim, se você tem ações no exterior e as comprou quando o dólar estava R$3,00, mas depois de um mês decidiu vender, porém agora o dólar esta R$2,50, pode-se dizer que.

Sua carteira de ações no exterior não mudou, porém, essa mesma carteira convertida em reais, teve uma desvalorização de R$0,50 por ação.

Cabe dizer que estar exposto a dólar nem sempre é ruim, tendo em, vista que este processo poderia ser ao contrário, caso ao invés de desvalorizar R$0,50 tivesse valorizado R$0,50.

Analisar este risco é interessante, pois muitas das empresas que estão na bolsa de valores fazem negócios com os países estrangeiro e recebem uma parte de sua receita em dólar e por isso estão expostos ao dólar.

Sabendo disso, deve-se ficar atento a esse tipo de risco caso você decida investir em empresa que tenham receita em dólar.

O risco legal é basicamente quando a empresa não segue a lei

Vamos entender através do exemplo:

Vamos ser que você está indo ao banco para pegar um empréstimo, você assina o contrato aceitando o empréstimo, porém neste contrato há uma cláusula que fere o código de direto do consumidor e, portanto, não pode ser aceita.

Por esta clausula ferir o CDC, você decide não pagar empréstimo e por lei você está certo.

Porém isso se tona um prejuízo para o banco, por conta de não ter cumprido a lei.

Se enquadra aqui processos trabalhistas de empresas que são processadas por conta de não seguirem a lei.

Como isso se aplica nos investimentos?

Por conta de ser um risco relacionado a lei, qualquer coisa que a empresa fazer ou estiver fazendo que não esteja correto perante a lei, pode significar um grande prejuízo ou até levando a empresa a falência. Por isso pesquise bem sobre a empresa que você investira.

Mudanças na taxa de juros, é outro tipo de risco financeiro.

Além de afetada por fatores externos, a taxa de juros também está relacionada às decisões governamentais. As variações dos juros impactam diretamente a empresa e os investimentos de relacionados a taxa de juros.

A taxa de juros afeta diretamente uma empresa, pois as dívidas que as empresas em atreladas a taxa de juros Selic, variam de acordo com a taxa, podendo afetar o faturamento da empresa.

Já para os investimentos atrelados a esta taxa, como CDBs, e títulos públicos como tesouro IPCA e Selic etc., podem sofrer com a alta e a baixa desta taxa, impactando diretamente na rentabilidade do título.