Diferença entre poupar e investir?

Aqui vamos entender a diferença entre poupar e investir. É importante ter ter essa diferença em mente, pois isso é determinante para sua vida financeira. Tendo esse conhecimento base é possível criar estratégias de investimento, entender qual será o seu perfil de investidor, e principalmente te auxilia em sua organização financeira, afinal se você não for organizado e não poupar uma determinada parte de sua renda para investir, nunca alcançara seus objetivos quando o assunto é investimentos

1. Poupar

Quando falamos em poupar, estamos nos referindo a acumular valores no presente para utilizá-los no futuro, ou seja, o clássico economizar para alguma coisa, juntar dinheiro.

Porém poupar na grande maioria das vezes, envolve mudança de hábitos, pois pode ou não exigir que você precise deixar de fazer algo que gosta para poder pagar uma conta, por exemplo.

Há casos muito comuns também em que a pessoa tem um renda que a permite fazer tudo o que precisa, como pagar suas contas, manter suas necessidades e proporcionar um lazer e por fim ainda sobrar uma boa quantia que se não for gasta com absolutamente nada, automaticamente será poupada para um gasto futuro.

O que podemos concluir com certeza é que poupar dinheiro está a duas coisas:

  1. Sua situação financeira
  2. Seu comportamento em relação ao dinheiro

Quando digo situação financeira, quero dizer, que para pessoas que estão com complicações financeiras, como muitas dívidas ou obrigações que precisam cumprir, poupar acaba por se tornar um desafio e o melhor é realmente recorrer a um incremento na renda, ou seja, deve ser buscado ganhar mais, seja com renda extra, promoções, mudança de emprego etc.

Geralmente o mais recomendado e seguro e lógico para esse tipo de situação é a pessoa ao invés de poupar para investir em ativos financeiros, o melhor é investir nela mesma, seja com cursos técnicos, livros que irão agregar algo profissionalmente, buscar uma graduação, o que tiver acessível para a ampliação de conhecimento que permitirá uma aumento de renda.

Partindo para o segundo ponto que mencionei, sobre o comportamento com dinheiro, este é um tema que se adequa melhor a pessoas nas quais possuem um boa renda ( boa no sentido de manter o necessário e sobrar para lazer), porém gastam de forma desoganizada e muitas das vezes compulsivamente.

Antes de continuar, cabe aqui dizer que cada um tem sua forma de lidar com o dinheiro, porém quando falamos de vida financeira organizada, e inserção no mercado financeiro, a relação que você deve ter com o dinheiro deve ser lógica e não o contrário. Um exemplo clássico é o do celular, ao longo da vida quantas pessoas já não trocaram de celular mesmo sem precisar ? Digo, para que você precisa comprar um celular que muitas das vezes é caro ( geralmente até foge do seu orçamento) se o que você tem de 1 ou 2 anos atrás ainda faz tudo o que você precisa e muitas das vezes até vai além ?

Para que você consiga poupar, você precisa primeiro definir seu objetivo em relação as suas finanças e sua vida no futuro, se tratando de organização financeira, é de extrema importância que você reveja seus hábitos com o dinheiro, se são saudáveis ou não e se reorganizar. Veja que não estou dizendo que você deve cortar tudo e não gastar mais com nada, mas sim que deve haver um equilíbrio, por exemplo: Supondo que Ana quer comprar um carro dentro de 3 anos, pois irá se mudar para um lugar mais distante de seu trabalho e não tem outra opção se não um carro, mas ela também precisa de um novo celular, pois o dela já pifou. Ana tem R$20.000,00 guardado, o que a permite comprar um celular super caro e moderno ou um mais barato porém também moderno e ainda dar entrada no carro que ela tanto deseja.

Temos dois caminhos aqui, se Ana comprar o celular mais caro, mostra que ela além de não priorizar o que realmente é importante, ela não tem uma relação saudável com o dinheiro, mas se ela optar pelo segundo caminho, as coisas são diferentes, pois o dinheiro que ela poupou a permitiu resolver os dois problemas que ela possuía.

Dessa forma, podemos ver como uma relação saudável e equilibrada com o dinheiro pode ser benéfica principalmente em momentos importantes.

2. Investir

É importante destacarmos aqui que apesar de de fato investir e poupar serem diferentes, essas atitudes não podem ser comparadas, como se fossem duas formas de fazer a mesma coisa. É preciso entender que se você não poupa, você não investe, ou seja, poupar é a atitude que precede o investimento, ou seja, primeiro você poupa e depois investe o que poupou.

O conceito de investir é simples. Investir é você aplicar seu dinheiro em tudo que possa fazer com que haja rendimentos no futuro. Isso é possível por conta do efeito dos juros compostos sobre as aplicações financeiras, que fazem com que o dinheiro se multiplique. Investimento é, de forma resumida, pegar uma quantia poupada hoje e tentar transformá-la em mais dinheiro no futuro, através de aplicações, ou melhor através da compra de ativos.

Acima, disse de forma resumida, pois quando você investe o seu dinheiro, você pode estar fazendo 2 coisas :

  1. Emprestar dinheiro
  2. Se tornando sócio de um empresa ou fundo

Comentando sobre o primeiro tópico, quando você investe o seu dinheiro em ações, por exemplo, você está emprestando seu dinheiro para o dono daquela empresa, tendo a expectativa de que ele conseguirá multiplica-lo para você, por isso a extrema importância de analisar a empresa desde sua diretoria até seus resultados.

Mas não só isso, ma como também você passa a ser sócio da empresa em que está investindo, pois está comprando partes (fracionadas) da empresa. O mesmo se aplica a fundos imobiliários, você se torna sócio do fundo e confia o seu dinheiro ao gestor do fundo.

Desta forma, vimos que quando se trata de ativos financeiros como ações e fundos imobiliários, você esta fazendo não só um empréstimo, mas também se associando a empresa. Entretanto há ativos financeiros em que você somente faz o empréstimo, mas não se torna sócio da empresa, este é o caso de títulos de renda fixa públicos e privados.

Quando falamos de títulos públicos, estamos falando de emprestar o dinheiro para o Governo, para se financiar, fazer investimentos e etc.

Quando falamos de títulos de renda fixa privados, o resultado é o mesmo, porém, aqui o empréstimo é para instituições financeiras privadas.

Mas há uma diferença além de em títulos de renda fixa você não se tornar sócio, que é a segurança, com esses títulos sejam públicos ou privados, você tem a garantia de que vai receber seu dinheiro aplicado acrescido de juros.

Por fim, em outras palavras, investir é você comprar algo que vai valorizar (ficar mais caro, ter mais valor) com o passar do tempo. Podemos citar como exemplo um terreno (pedaço de terra). Se por exemplo, você decide comprar um terreno hoje por R$80.000 e pretende vende-lo depois de 10 anos este bem (terreno) poderá ter seu preço aumentado podendo ser vendido por 2x mais o valor que você pagou ( Valores sem base, apenas para exemplos).

O mesmo ocorre com as ações, quando compramos ações estamos investindo, acreditando que desde o momento em que você comprou até o de vender, seu dinheiro (patrimônio) terá aumentado 2x, 10x ou até 100x mais o que foi investido no começo.

Claro, que cabe aqui dizer que, tudo em investimentos é baseado em análise, expectativa volatilidade e risco. Cada ativo tem sua própria característica, como por exemplo, mais ( ações) ou menos ( títulos de renda fixa) risco. E é por este fato de investimento exigir análise, estudo e disciplina que ele não pode ser considerado uma aposta, pois geralmente em uma aposta você está lidando com sorte e não estudo.

You cannot copy content of this page