Neste capítulo, talvez você se depare com termos e conceito que nunca viu antes, por isso, recomendamos que leia com calma e a qualquer momento mande sua dúvida que iremos te ajudar. Boa leitura “

Sabemos que o Governo usa os impostos para se financiar e também emite títulos de dívida pública para ajuda o pais a quitar suas dívidas, no entanto a grande maioria do agentes que compram esses títulos não são pessoas físicas e sim jurídicas, ou melhor instituições financeiras, tais como os bancos, ou Dealers primários ( Bradesco caixa, Santander etc.)

Desta forma, a negociação entre o tesouro nacional que emite os títulos e os bancos que os compram, compõem o mercado primário.

Okay, mas onde entra a Selic?

Calma pois ainda temos mais duas coisas para entender antes de chegarmos na Taxa Selic!

Na prática temos o seguinte quadro. Vamos supor que Lucas acabou de receber o seu salário a vista, no total R$3000,00 mas ele aprendeu a investir conosco e decidiu investir R$1000,00 e gastou os outros R$1000,00 com ele mesmo para contas, agua, luz etc e os outros R$1000,00 ele deixou em um banco de sua confiança rendendo juros, sem taxas de administração. Vamos considerar que ele deixou esses R$1000,00 no banco A.

Por lei o Banco é obrigado a guardar uma parte deste dinheiro, no caso os R$1000,00, e depositar no Banco Central, no entanto, o quanto ele vai depositar é determinado pelo próprio Banco Central, isto é o depósito compulsório, vamos supor que a taxa aqui seja de 10%.

Tendo uma taxa de 10%, no instante que o Lucas fizer o depósito de R$1000,00 o banco irá manter com ele 10% destes R$1000,00, ou seja R$100,00

O Banco Central usa isso como uma ferramenta para o controle da expansão monetária, dessa forma, podemos entender que quanto maior for essa porcentagem, maior será a quantidade de dinheiro que os bancos podem criar através de novos empréstimos, pois dessa forma irão reter mais dinheiro ainda.

Vamos incluir mais uma pessoa nesse quadro, a Julia!

Julia está precisando pagar uma dívida com outro banco, o banco B, no valor de R$900,00, mas não tem o dinheiro para pagar esta dívida, então ela decide pegar um empréstimo nesse valor no banco A para pagar.

O banco A pega o que precisa do dinheiro que o Lucas deixou lá guardado rendendo, (os R$1000,00) e empresta para a Julia, ou seja, deposita na conta de Julia,

Por fim, Julia pagará sua conta com outro banco, ou seja os R$900,00 que estava no banco A agora está no Banco B.

Cabe aqui dizer que, por conta do depósito compulsório, por lei ele retém 10% (lembre-se da taxa de exemplo do depósito compulsório), ou seja, ela tem acesso aos R$900,00, porém R$90,00 ficou com o banco, mas, o que mais importa é, como fica a situação do Lucas?

Acontece o seguinte, o sistema de reservas fracionárias é uma “autorização” que permite que o banco faça empréstimos ou investimentos mesmo que eles não possuam esse dinheiro em caixa, ou da maneira mais correta de se dizer, quando o número de saques no dia é maior do que o número de depósitos. Dessa forma, se o Lucas quiser sacar o dinheiro ele conseguirá normalmente, pois o banco irá “imprimir” mais dinheiro para dar para o Lucas, ou seja, ele conseguirá sacar seus R$1000,00 iniciais.

Mas uma condição para que essa prática possa ser realizada pelos bancos é que mantenham como reserva uma determinada fração do valor desses depósitos, que no caso essa fração seria os 10% usados no exemplo.

Agora sim podemos entrar em Taxa Selic

No dia a dia o que acontece é o seguinte, lembra que falamos que por lei os bancos precisam ter uma determinada quantia guardada, no caso o depósito compulsório e que usamos 10% no exemplo?

Bom sabendo disso, ao fechar o dia temos duas situações ou o banco esta com mais dinheiro em caixa do que o necessário, ou seja com mais de 10% acumulado (isso ocorre quando o número de depósitos no dia é maior que o número de saques), ou ele está com menos de 10% ( isso ocorre quando o número de saques é maior que o número de depósitos).

E como por lei os bancos tem que fechar o dia com no mínimo, neste caso, com 10%, quando ele não fecha com essa quantia ele pega um empréstimo com outro banco que fechou o dia com mais de 10%, através da emissão de títulos públicos, emitidos pelo Tesouro Nacional  o que oferece segurança na negociação, lastro) que  banco que está com saldo positivo irá comprar, e no dia seguinte o banco que estava com o caixa abaixo do mínimo irá recomprar esses títulos pagando juros, isso caracteriza o mercado interbancário.

Essa taxa de juros que um banco cobra do outro no mercado interbancário, para operações de um dia e que possuem lastro em títulos públicos federais é exatamente o que chamamos de Taxa Selic.

A Taxa Selic é taxa usada para operações de curtíssimo prazo entre bancos que quando querem tomar recursos emprestados de outros bancos por 1 dia, oferecem títulos públicos como garantia.

De maneira formal, a Taxa Selic é a abreviação de Sistema Especial de Liquidação e Custódia. A taxa Selic, ou taxa básica de juros pode ser entendida como um sistema do Banco Central (BC) que é usado para  registrar todas as operações relacionadas aos títulos escriturais do Tesouro Nacional (Títulos emitidos pelo Tesouro) . Em outras palavras, compra e venda de títulos do Tesouro Nacional.  Boa parte destes ativos é comprada pelos grandes bancos. Por lei, eles são obrigados a direcionar uma porcentagem de seus depósitos a uma conta do BC. 

O volume de operações bancárias em um único dia é enorme. Ao somar o montante de todas as instituições, o total é ainda maior. Então, o BC impõe que os bancos devem fechar o dia com o caixa equilibrado, ou seja uma quantidade de dinheiro acumulado, ou melhor, guardado.

O objetivo é evitar excesso de dinheiro em circulação, que por sua vez, controla a inflação. Para isso, as instituições fazem empréstimos entre elas. Há uma taxa de juros e também a emissão de títulos de curtíssimo prazo (1 dia). Assim, é feita uma média ponderada e ajustada que é divulgada diariamente. Ela é a taxa Selic Overnight. No ano, ela é a taxa Selic anual. 

Essa taxa é definida pelo o Copom, o Comitê de Política Monetária do Banco Central que se reúne a cada 45 dias para definir se a Taxa Selic aumenta, diminui ou se mantém estável.

Nossa, não entendi nada! Calma

Agora vamos dar a você a informação de maneira mais pratica de entender:

Na realidade a Taxa Selic se refere, na prática, a um sistema administrado pelo Banco Central em que são negociados títulos públicos federais. A taxa média registrada nas operações feitas diariamente nesse sistema equivale à taxa Selic.

E quando nós falamos operações, queremos dizer, empréstimos de curtíssimo prazo com vencimento em apenas um dia realizados entre as instituições financeiras (Bancos como Itaú, Santander etc.), que têm títulos públicos federais dados como garantia. A taxa média desses negócios, apurada todos os dias, é chamada de Selic “efetiva”. O nome diz tudo: é o percentual de juros que efetivamente está sendo praticado nesse mercado. Mas existe ainda a Selic “meta” e é provavelmente sobre essa que você costuma ouvir falar com mais frequência no seu dia a dia.

​A Selic é a taxa básica de juros da economia. É o principal instrumento de política monetária utilizado pelo Banco Central (BC) para controlar a inflação. Ela influencia todas as taxas de juros do país, como as taxas de juros dos empréstimos, dos financiamentos e até de retorno em aplicações financeiras. E por isso devemos ficar atentos, pois as empresas em que investimos nosso dinheiro, geralmente possuem empréstimos, dívidas dolarizadas (dívidas em dólar) e ao mesmo tempo, dívidas em reais.

O índice influencia o comportamento de outros indexadores como, o IPCA e o CDI.

Termos que irei abordar na sessão, tipos de investimento, por isso fique tranquilo

Diante da sua importância na economia, saber como utilizar a Selic pode significar ganhar mais dinheiro.