Taxa Selic e IPCA: o que têm a ver ?
O IPCA é o índice que aponta a inflação do país. Ele indica se houve variação nos preços de uma série de categorias de bens e serviços importantes no dia a dia das pessoas, como vestuário, alimentação, transporte, saúde, despesas pessoais, educação e comunicação.
Ele é calculado mensalmente pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nas regiões metropolitanas de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba, Salvador, Recife, Fortaleza, Belém e Vitó ria, além de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e Brasília.
Apesar de não ser calculado em todo o país, o índice é de abrangência nacional – ou seja, vale para todas as regiões e cidades do Brasil.
Considerando que a taxa Selic é uma ferramenta de controle da inflação, o IPCA e a taxa Selic estão sempre muito próximos. Afinal, qualquer mudança feita na taxa Selic afetará o resultado do IPCA.
Um exemplo: quando a taxa Selic aumenta e o acesso ao dinheiro (crédito, empréstimos, financiamentos…) fica menor, o consumidor para de fazer maiores gastos. No longo prazo, essa estratégia controla a inflação por gerar menor demanda e, consequentemente, oferta mais barata.
Portanto, aumentar a taxa Selic ou mantê-la estável é uma maneira de conter o aumento do IPCA.
A taxa Selic influencia diretamente no comportamento da inflação e vice-versa.
E as projeções mostram que a inflação poderá terminar o ano em 1,77%, segundo Boletim Focus de setembro de 2020.
Assim como o CDI, o IPCA também é utilizado como indexador da rentabilidade de investimentos da renda fixa. Geralmente, ele é pago junto com uma taxa. Por exemplo, de 3,0% + IPCA. Assim, você acaba tendo um ganho real sobre a inflação. Se ela subir ou cair, o seu dinheiro estará protegido.
Os investimentos que utilizam o IPCA são:
- Tesouro Direto (IPCA+ e o IPCA+ com Juros Semestrais)
- Debêntures
- CDBs
- LCI/LCA
- CRI/CRA
Então, se a taxa Selic diminuir, a inflação aumenta e os seus rendimentos também sobem.