Tipos de spread
Os dois tipos mais conhecidos de spread são aqueles que envolvem ativos financeiros, como as ações, e os spreads bancários, que são fruto da relação entre crédito concedido e tomado.
Vamos entender melhor cada um deles!
1. Spread no Mercado Financeiro
Relembrando, no mercado financeiro, o spread pode ser definido como a diferença entre o preço de compra e o preço de venda de uma ação.
Se, no livro de ofertas, o preço de venda mais baixo de uma ação é R$ 20,00 e o preço de compra mais alto é de R$ 15,00, então, o spread desta ação será de R$ 5,00.
O preço de venda mais baixo é conhecido como “ask”, enquanto o preço de compra mais alto é conhecido como “bid.”
Assim, o spread serve para calcular qual a possível taxa de retorno nas operações de compra e venda de ativos diversos.
1.1 Spread na Renda Fixa
Na renda fixa, o spread é o resultado da diferença de rentabilidade entre 2 títulos doferentes.
Mas como assim ?
Imagine dois títulos do Tesouro IPCA que têm sua rentabilidade atrelada ao próprio Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), mais uma taxa fixa de retorno. O primeiro rende o IPCA + 3% ao ano e o outro rende o IPCA + 4,5% ao ano. Nesse caso, o spread entre eles é de 1,5%.
Ou seja, este Tesouro IPCA + 4,5% tem um spread de rentabilidade de 1,5% em relação ao Tesouro IPCA + 3%.
Cabe aqui acrescentar que também é possível comparar aplicações de diferentes tipos. É o caso de calcular o spread de um certificado de depósito bancário (CDB) e de uma debênture, por exemplo, sendo ambos pré-fixados.
2. Spread Bancário
Assim como nós, os bancos também fazem empréstimos, por meio de títulos privados como os CDBs.
O CDB é o instrumento de captação de recursos de uma banco. Quando um Banco emite um CDB, ele permite que investidores como nós e você compremos este título, nos prometendo pagar uma certa rentabilidade em um determinado período.
Nesta operação, o que estamos fazendo é um empréstimo para o banco, poder financiar os seus processos e poder se expandir. Em troca, nós ganhamos os juros , que eles estão dispostos a pagar para nós.
Entendido isso. Precisamos lembrar que os bancos também liberam empréstimos para nós, mas esse empréstimo sempre tem um juros que precisamos pagar.
Dessa forma, podemos concluir que o SPREAD bancário é a diferença entre o juros que o banco paga para os investidores ( nos títulos como CDB) e o juros que o banco cobra dos empréstimos que pedimos a eles.
Assim, se um banco paga 5% de juros ao ano a um investidor que comprou um CDB e empresta esse dinheiro que captou a um juros de 25%, seu spread é de 20 pontos percentuais, ou seja 20%.
O spread é a principal ferramenta utilizada para definir o lucro dos bancos nas operações realizadas.
Para definir o spread, bancos levam em conta os riscos da operação, como as taxas de inadimplência, a tributação e os demais custos relacionados, além da expectativa de lucro.